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Glossário

Glossário de termos utilizados no conjunto de ferramentas e noutros recursos DIAMAS. 

Embora as definições exatas para estes termos possam diferir dependendo dos pontos de vista, os autores deste conjunto de ferramentas concordaram com as definições baseadas na sua experiência e nas fontes relevantes disponíveis, que estão incluídas em cada termo quando apropriado.

Agradecemos comentários e ideias sobre o glossário, que serão considerados durante os ciclos de atualização normais.

Acessibilidade

A conceção de produtos, dispositivos, serviços, veículos ou ambientes de modo a poderem ser utilizados por pessoas com deficiência. O conceito de conceção acessível e a prática do desenvolvimento acessível garantem tanto o “acesso direto” (ou seja, sem assistência) como o “acesso indireto”, ou seja, a compatibilidade com a tecnologia de assistência de uma pessoa  (por exemplo, leitores de ecrã de computador).

Referência/derivação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Acessibilidade

Ciência Aberta (Open Science)

Ciência Aberta (Open science (OS)) é definida como um conceito inclusivo que combina vários movimentos e práticas com o objetivo de tornar o conhecimento científico multilingue abertamente disponível, acessível e reutilizável por todos, para aumentar as colaborações científicas e o intercâmbio de informações em benefício da ciência e da sociedade. Visa também abrir os processos de criação, avaliação e comunicação do conhecimento científico a atores sociais para além da comunidade científica tradicional. Abrange todas as disciplinas científicas e aspetos das práticas académicas, incluindo ciências básicas e aplicadas, ciências naturais e sociais, e humanidades, e assenta nos seguintes pilares: conhecimento científico aberto, infraestruturas de ciência aberta, comunicação científica, envolvimento aberto de atores sociais e diálogo aberto com outros sistemas de conhecimento.

Referência/derivação: https://www.unesco.org/en/open-science/about

Um regime de direitos que concede direitos exclusivos aos criadores de obras originais, incluindo expressões literárias, artísticas, musicais e outras, permitindo-lhes controlar como as suas obras são utilizadas e distribuídas.

Diversidade de género

Representação equitativa ou justa de pessoas de diferentes géneros. Refere-se, mais comummente, a uma proporção equitativa entre homens e mulheres, mas também inclui pessoas de outros géneros (por exemplo, intersexo, não-binário, trans).

Referência/derivação:https://pt.wikipedia.org/wiki/Diversidade_de_g%C3%AAnero

Equidade, Diversidade, Inclusão e Sentido de Pertença

Equity, Diversity, Inclusion and Belonging (EDIB) ou Diversity, Equity, and Inclusion (DEI) é uma estrutura conceptual que visa promover o tratamento justo e a plena participação de todas as pessoas, especialmente no local de trabalho, incluindo populações que historicamente têm estado sub-representadas ou sujeitas a discriminação devido ao seu contexto, identidade, deficiência, etc.

Referência/derivação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Diversidade,_equidade_e_inclus%C3%A3o 

Formato de ficheiro

Um formato de ficheiro é uma forma padronizada de codificar informação para que possa ser armazenada num ficheiro de computador. Define a estrutura e o tipo de dados que o ficheiro contém: como a informação é organizada, codificada e representada. Graças a isso, os dados armazenados nos ficheiros podem ser interpretados, acedidos e processados de forma consistente pelas aplicações de software.

Formatos de ficheiro amplamente utilizados no contexto das publicações académicas incluem:


Referência/derivação: https://opendatahandbook.org/guide/en/appendices/file-formats/ 

Identificador Persistente (Persistent identifier)

Um identificador persistente (persistent identifier (PID)) é uma referência duradoura a um objeto digital, pessoa, organização ou outra entidade. É único para a entidade e permanece estável ao longo do tempo, ou seja, resolve-se mesmo que a localização da entidade mude.

PIDs amplamente utilizados na publicação académica:

  • DOI (Digital Object Identifier)
  • Handle
  • ARK (Archival Resource Key)
  • URN (Uniform Resource Name)
  • ISBN (International Standard Book Number)
  • ISSN (International Standard Serial Number)
  • ORCID (Open Researcher and Contributor ID)
  • ROR (Research Organization Registry)
  • ISNI (International Standard Name Identifier)


Referência/derivação: PID Services Registry: https://pidservices.org/

Indexação

A indexação é o processo de listar títulos académicos por disciplina, tipo de publicação, região, etc. Às vezes referida como índices bibliográficos ou de citação, a indexação de revistas tem como objetivo tornar a informação publicada amplamente disponível e de fácil acesso. A inclusão num índice geralmente envolve um processo de avaliação de relevância e qualidade. 

Integridade de Investigação (Research integrity)

A integridade de investigação (Research integrity (RI)) engloba um conjunto de princípios e práticas que garantem que os investigadores conduzem o seu trabalho de forma ética e com rigor metodológico, fomentando a confiança no processo de investigação e nos seus resultados. Elementos-chave incluem honestidade, rigor, transparência, responsabilidade e respeito por todos os participantes. Estes princípios devem orientar os investigadores em todas as fases do seu trabalho, desde a conceptualização até à disseminação. Manter a integridade de investigação é crucial para assegurar a credibilidade e a fiabilidade do conhecimento científico, além de fortalecer a relação de confiança entre a comunidade científica e a sociedade. Diversos quadros e diretrizes, como o European Code of Conduct for Research Integrity e os códigos de conduta institucionais, fornecem orientações e normas para manter a integridade na investigação.

Referência/derivação:https://ukrio.org/research-integrity/

Interoperabilidade

A interoperabilidade é a capacidade de diferentes sistemas, dispositivos ou software de comunicar, trocar dados, interagir e trabalhar em conjunto de forma fluida e eficiente. Envolve o estabelecimento de padrões, protocolos e interfaces comuns para facilitar a comunicação entre sistemas.

Investigação Responsável (Responsible research)

A investigação responsável (Responsible Research (RR)) é uma abordagem que visa antecipar e avaliar as potenciais implicações e expectativas sociais em relação à investigação e inovação, com o objetivo de promover a conceção de práticas inclusivas e sustentáveis. Envolve a participação de atores sociais em processos colaborativos ao longo de todo o ciclo de vida da investigação e inovação, desde a definição da agenda até à implementação e avaliação, para alinhar os resultados com os valores e necessidades da sociedade. A RR abrange várias dimensões, como governança, ética, igualdade de género, acesso aberto, participação cidadã e educação científica. O objetivo geral da RR é garantir que a investigação e inovação sejam conduzidas de forma ética, sustentável e socialmente desejável, promovendo, assim, a criatividade e oportunidades que beneficiem a sociedade como um todo.

Referência/derivação:https://tetrris.eu/what-is-responsible-research-and-innovation-rri/# 

Licença aberta

Texto legal que pode ser utilizado por titulares de direitos de autor para conceder ao público direitos de utilização das suas obras para além do que é permitido pela lei de direitos de autor aplicável por defeito.

Má conduta científica

A má conduta científica refere-se à violação dos códigos padrão de conduta académica e comportamento ético na publicação de investigação científica profissional. Constitui uma quebra da integridade científica, abrangendo violações do método científico e da ética de investigação ao longo da conceção, execução e relato da investigação. Exemplos de má conduta científica incluem a fabricação (invenção de resultados), a falsificação (manipulação de materiais ou dados de investigação), o plágio (apropriação das ideias ou palavras de outra pessoa sem o devido crédito), a má representação de dados, a omissão na declaração ou gestão adequada de conflitos de interesse, e a violação de requisitos legais, éticos e profissionais necessários para a investigação. Motivações para a má conduta científica podem incluir pressão profissional, facilidade de falsificação e ganhos monetários.

Referência/derivação:https://ukrio.org/research-integrity/what-is-research-misconduct/ 

Metadados

Os metadados fornecem informações sobre dados. Especificamente, são dados legíveis por máquina que descrevem o conteúdo, o contexto e a estrutura de recursos, bem como a sua gestão ao longo do tempo. No contexto da publicação académica, os metadados são informações que descrevem resultados publicados (artigos, livros, revistas, etc).

Métricas ao nível do artigo

São indicadores que medem e monitorizam o alcance e o impacto de resultados de investigação publicados através de interações online, contabilizando aspetos como downloads, partilhas, uso em diferentes países, menções em redes sociais, entre outros. As medições são feitas para um resultado de investigação singular, em vez de serem aplicadas a toda uma revista, por exemplo.

Multilinguismo

Na publicação académica, refere-se à presença e uso de mais de uma língua para disseminar a investigação, em vez de se depender de uma única língua para a comunicação académica. Isto pode incluir a tradução de publicações individuais para mais de uma língua, mas também abrange um ecossistema de publicação onde os trabalhos são publicados em várias línguas, mesmo que não sejam traduções uns dos outros (por exemplo, um artigo pode ser publicado em finlandês, outro em polaco, e outro em francês). 
 
Referência/derivação: Inspirado pela Iniciativa de Helsínquia  (https://www.helsinki-initiative.org/pt

Norma de metadados

Uma norma de metadados é um conjunto de regras e diretrizes que define a estrutura e o formato dos metadados. Garante que os recursos sejam descritos de forma consistente e que as descrições sejam compreensíveis e utilizáveis em diferentes plataformas.Uma implementação específica de uma norma de metadados adaptada a um determinado contexto ou caso de uso é chamada de  metadata schema. Detalha como os elementos definidos numa norma devem ser utilizados e muitas vezes inclui regras e diretrizes adicionais.

Normas de metadados amplamente utilizadas incluem:

  • Dublin Core
  • MARC (Machine-Readable Cataloguing)
  • MODS (Metadata Object Description Schema)
  • TEI (Text Encoding Initiative)
  • PREMIS (Preservation Metadata: Implementation Strategies)


Referência/derivação: RDA Metadata Standards Catalogue: https://rdamsc.bath.ac.uk/

Otimização para motores de busca (Search engine optimisation)

A otimização para motores de busca (Search engine optimization (SEO)) é a prática de ajustar o conteúdo online para atender aos requisitos técnicos dos motores de busca, com o objetivo de melhorar a sua visibilidade e classificação nas páginas de resultados dos motores de busca, e aumentar o tráfego na web.

Referência/derivação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Otimiza%C3%A7%C3%A3o_para_motores_de_busca

Políticas de acessibilidade

Regras formais que a sua organização põe em prática para cumprir os seus requisitos de acessibilidade: The Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) fazem parte de uma série de diretrizes de acessibilidade da Web publicadas pela Web Accessibility Initiative (WAI) do World Wide Web Consortium (W3C), a principal organização internacional de normas para a Internet.

Referência/derivação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Diretrizes_de_Acessibilidade_para_o_Conte%C3%BAdo_da_Web

Preprints

Preprints são frequentemente definidos como rascunhos completos e públicos de documentos científicos, ainda não certificados por revisão por pares. No entanto, alguns autores de preprints não pretendem publicá-los numa publicação revista por pares. Adicionalmente, um preprint pode consistir em grandes conjuntos de dados com descrições, protocolos, (partes de) uma tese, apresentações, relatórios de resultados negativos, comentários, vídeos e outros, que não passam por um processo de revisão por pares padrão. Um preprint também pode ser revisto por uma comunidade, por uma combinação de inteligência artificial com revisão humana especializada, ou exclusivamente por revisores. Ambiguidades e desacordos em torno da definição de preprints precisam ser resolvidos para oferecer termos mais precisos e menos anacrónicos numa área tão inovadora. O principal objetivo dos preprints é disseminar resultados de investigação para a comunidade científica, estabelecer a autoria dos resultados e receber feedback da comunidade profissional antes da submissão a uma revista. Preprints, "não filtrados pela sua qualidade ou pertinência percebida", podem reduzir a pressão competitiva imposta aos investigadores e mitigar as consequências negativas da filtragem de informação académica. 

Referência/derivação: Stojanovski, J., Marušić, A. (2024). Preprints Are Here to Stay: Is That Good for Science?. In: Eaton, S.E. (eds) Second Handbook of Academic Integrity. Springer International Handbooks of Education. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-031-54144-5_145 

Protocolo de intercâmbio de metadados

Um protocolo de intercâmbio de metadados é um conjunto de regras e padrões que regula a transferência de metadados entre sistemas, aplicações ou serviços. Estes protocolos facilitam a partilha, descoberta e utilização de metadados, garantindo a interoperabilidade e uma interpretação consistente dos metadados em vários sistemas e plataformas.

Protocolos de intercâmbio de metadados amplamente utilizados:

  1. OAI-PMH (Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting)
  2. OAI-ORE (Open Archives Initiative Object Reuse and Exchange)
  3. RESTful APIs (Representational State Transfer APIs)
  4. SWORD (Simple Web-service Offering Repository Deposit)
  5. SOAP (Simple Object Access Protocol)
  6. SPARQL (SPARQL Protocol and RDF Query Language)
  7. Z39.50

Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados

General Data Protection Regulation (GDPR) é o Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados, e que revoga a Diretiva 95/46/CE. É parte do pacote de proteção de dados adotado em maio de 2016, com o objetivo de preparar a Europa para a era digital. Este regulamento estabelece regras relativas à proteção das pessoas singulares no que respeita ao tratamento de dados pessoais e regras relativas à livre circulação de tais dados.

Referência/derivação: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016R0679 

Software livre e de código aberto

É um software disponível sob uma licença que concede o direito de usar, modificar e distribuir o software, modificado ou não, gratuitamente a todos, ao contrário do software proprietário, onde o copyright ou a licença restritiva é utilizada e o código-fonte não está disponível para os utilizadores.

Referência/derivação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre_e_de_c%C3%B3digo_aberto


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